sexta-feira, 28 de maio de 2021

VODOUN

O VODOUN NÃO É SATÂNICO ! 


O Vodoun é ciência, o Vodoun é filosofia.
O Vodoun é medicina tradicional.
O Vodoun é estado de espírito.
O Vodoun é harmonia com a natureza.
O Vodoun é descobrir quem você realmente é. O Vodoun é algo indescritível que só praticando o  Vodoun você vai descobrir.
O Vodoun é tão grandioso que podemos escrever uma biblioteca inteira e não terminaremos de descrever o Vodoun. 

Enfim o Vodoun é filosofia de vida que só quem prática  sabe, que o Vodoun é magnífico !

Dèfôdji Anízio Alifoe Tá Nyanu
" O Pragmático "
Djootigui Brasil
Gounnon


#Hunkpamɛ Ayǐtéhɔ̌nnu Kamit
#Djootigui Brasil
#Gounnon
🇧🇷🇧🇯🇹🇬🇲🇱🇨🇮🇭🇹🇦🇴🇸🇳🇳🇬
✊🏿🤝🏿💪🏿✊🏿🤝🏿💪🏿

ESPIRITUALIDADE AFRICANA

A Espiritualidade Africana conhecida como Ciência Sagrada permite-me conhecer-me como uma entidade divina.  Permite-me conhecer e considerar a Mãe Natureza. Permite-me viver em duas dimensões. Permite-me conhecer o mundo africano que é a terra dos Mistérios. Permite-me estar em harmonia com a natureza e os seus diversos componentes. permite-me honrar os nossos Supremos, os meus antepassados ​​e os nossos génios tutelares. Permite-me proteger-me de qualquer obstáculo que possa afectar a minha vida. Permite-me evoluir no meu campo de actividade e superar-me. Permite-me compreender o linguagem divina e comunicar-se com as divindades em geral É uma ciência criativa, É uma filosofia de vida, uma arte, um modo de vida, faz da mulher africana uma rainha.
 Apenas uma brecha
 Honra aos ancestrais primordiais
 Honra às grandes divindades
 Honra aos gênios tutelares.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

O HOMEM PRECISA ENTENDER QUE A NATUREZA É PARTE DO SEU CORPO

☞ Antes de cortar o galho de uma árvore ou tirar uma flor, avise o espírito da árvore ou planta o que você vai fazer, para que ele retire sua energia daquele lugar e não cheire tão forte a xícara.

 ☞ Quando você entrar na selva e quiser pegar uma pedra que estava no rio, pergunte ao guardião do rio se ele permite que você carregue uma de suas pedras sagradas.

 ☞ Se você tiver que escalar uma montanha ou peregrinar na selva peça permissão aos espíritos e guardiões do local.  É muito importante comunicar-se, mesmo que você não possa cheirar, ouvir ou ver. 
 Entre com respeito por cada lugar, pois toda a natureza te escuta, te vê e te cheira.

 ☞ Cada movimento que você faz no microcosmo gera um grande impacto no macrocosmo.

 ☞ Ao se aproximar da vegetação, agradeça pelo remédio que ela tem para você.
 ☞ Honrar a vida nas suas diversas formas e ter a consciência de que cada ser está cumprindo o seu propósito, nada foi criado para preencher os espaços, tudo e todos aqui estamos nos lembrando da nossa missão, nos lembrando de quem e nós estamos despertando do sonho sagrado voltar para casa ...


#Hunkpamɛ Ayǐtéhɔ̌nnu Kamit
#Djootigui Brasil
#Gounnon
#Renaissance Kamite
🇧🇷🇧🇯🇹🇬🇲🇱🇨🇮🇭🇹🇦🇴🇸🇳🇳🇬
✊🏿🤝🏿💪🏿✊🏿🤝🏿💪🏿

* É NOSSO DEVER HONRAR NOSSOS ANCESTORES! *

 Para nascer, você e eu precisamos:

  2 pais
  4 avós
  8 bisavós
  16 tataravós
  32 tataravós
  64 Penta-avós
  128 avós hexa
  256 Hepta-avós
  512 octa-avós
  1.024 não avós
  2048 avós-deca

 Nas últimas 12 gerações,
 Por um período de, às vezes, mais de um milênio,
 Não menos que 4.096 ANCESTORES foram necessários
 Para dar à luz a cada um de nós,
 E traçar a maneira como andamos hoje

 PARE POR UM MOMENTO E PENSE ...

 Quem são eles?
 De onde eles vieram?
 Onde eles estão agora?
 O que eles se tornaram?
 Como eles viveram, sobreviveram?
 Quantas lutas eles lutaram?
 Quantas guerras e calamidades eles sobreviveram?
 Eles estavam com fome ou com sede, com calor ou com frio?
 Quantas vicissitudes eles superaram?
 Quais foram suas alegrias, suas tristezas?
 Por outro lado, quanto amor e alegria eles nos legaram?
 Quanta força e encorajamento eles nos deixaram?
 Quanto de sua vontade de sobreviver cada um deles teve e deixou em nós,
 Para que estejamos vivos hoje?
 Só existimos por causa de tudo o que cada um deles passou.

 É NOSSO DEVER HONRAR NOSSOS ANCESTRAIS.

HOTEP !

Togonyigba.tg



#Hunkpamɛ Ayǐtéhɔ̌nnu Kamit
#Djootigui Brasil
#Gounnon
#Renaissance Kamite
🇧🇷🇧🇯🇹🇬🇲🇱🇨🇮🇭🇹🇦🇴🇸🇳🇳🇬
✊🏿🤝🏿💪🏿✊🏿🤝🏿💪🏿

terça-feira, 25 de maio de 2021

ÁFRIKA NÃO FEZ 58 ANOS, NÃO TEMOS NADA PARA COMEMORAR, PRECISAMOS REFLECTIR


Devemos  considerar tal data sim (25 de Maio de 1963) , sendo que foi a primeira vez que uma reunião daquela acontecia em solo Afrikano pois que até aí todas as reuniões se realizavam fora do continente, mas é triste quando sentamos para reflectir profundamente sobre o nosso continente apenas no fim do mês de Maio de todos os anos. 
Alguns vão ao local de trabalho ou à escola de trajes afrikanos, os apresentadores de televisão idem, as televisões sentam para pensar Áfrika nesse dia e passam documentários sobre Áfrika, ou seja, são eurocentristas 364 dias por ano e Afrikanos por um dia ao ano. Como tenho dito "Afrikanos do dia 25 de Maio"

É pura hipocrisia desses afrikanos do dia 25 de Maio. Julgam que ser Afrikano é se fantasiar com trajes e pinturas no dia 25 de Maio, que as crianças Afrikanas devem se fantasiar com trajes afrikanos e pinturas no rosto no dia 16 de Junho e que as mulheres afrikanas devem fazer o mesmo no dia 31 de Julho, ou seja, são afrikanos das efemérides. 
Esses trajes nem se quer são produzidos  cá em Áfrika, o que nos identifica neles são os nossos símbolos culturais que neles são estampados, por isso chamamos de estampa Afrikana. Usamos os nossos símbolos em nossas vestimentas porque acreditamos que podem de alguma forma transmitir-nos energias positivas e é uma forma de representatividade também. Mas o mais importante é a CONSCIÊNCIA AFRIKANA. 

2 PAC Shakur uma vez disse :
"não é só roupa Africana, temos de ter acima de tudo CONSCIÊNCIA AFRIKANA". E provavelmente os afrikanos do dia 25 de Maio não a  têm.
A princípio o dia 25 de Maio não é o dia de Áfrika como se tem dito por aí!
Áfrika não fez 58 anos! É um absurdo dizer isso porque esse território sempre existiu e foi aqui que tudo começou (leia mais). 
A Afrika não passou a existir através das independências físicas dos países afrikanos, a década de 60 não é o período áureo da nossa história. Muito antes  a Áfrika já foi a grande civilizadora do mundo, a ciência, a arte, a medicina, a matemática, a astronomia, a alquimia, a filosofia, a tecnologia, a espiritualidade, nasceram em Áfrika. 
.
Provavelmente alguém diria "mas é o dia que se comemora a união Afrikana"
Eu perguntaria: Qual união ❓
É o 25 de Maio o dia que marca mais um ano de existência da Organização da Unidade Afrikana, actualmente, U. A.
Não é um dia de comemorações, dia de se fantasiar com trajes Afrikano ou dia de recordar que  somos  Afrikanos, deveria ser um dia de reflexão apesar de que devemos fazê-lo 365 dias por ano.
Reflexões como :
 Valeu a pena Thomas Sankara, Lumumba, Stive Biko, Malcolm X insistirem em lutar pelos direitos dos afrikanos mesmo com a eminência da morte para hoje a Áfrika estar como está ❓ 
Valeu a pena nossos ancestrais terem dado o peito a bala para libertar fisicamente a terra para hoje você querer se parecer física e ideologicamente ao homem com quem eles lutaram ❓
Valeu a pena os heróis do 4 de Janeiro e do 4 de Fevereiro terem morrido para hoje o Ngolano comer no lixo, morrer de malária e hepatite como um animal enquanto outros guardam malas de dinheiro 💵 em casa❓
Foi a 25 de Maio de 1963, que os representantes de trinta países africanos reuniram-se em Adis Abeba, na Etiópia, tendo por anfitrião o Imperador Haile Selassie.
Neste encontro, a Organização da Unidade Africana foi fundada, com o objectivo inicial de incentivar a descolonização  dos demais países que viviam ainda sob jugo colonial.
Neste dia, Kwame Nkrumah (que bebera das ideias de Silvestres William, George Padmore, Marcus Garvey, Willian Du Bois entre outros,( sobre a União Política económica , monetária e militar em Áfrika ) em seu discurso disse : 
.
« Devemos estar unidos custe o que que custar . Porque só unidos erguer-nos-emos como um edifício sólido perante ao mundo. Sem necessariamente sacrificarmos as nossas soberanias, grandes ou pequenas, nós podemos aqui e agora forjarmos a União Política baseada numa defesa, negócios estrangeiros e diplomacia; e uma cidadania comum, uma moeda africana, uma zona monetária africana e um Banco Central Africano. Nós devemos unirmo-nos para a libertação completa do nosso continente. Precisamos de um sistema de defesa comum com um Comando Militar Supremo Africano para a estabilidade e a segurança de África»
Essa união não veio a se materializar por factores endógenos e exógenos. Endógenos podemos apontar o não comprometimento com a ÁFRIKA  por parte da maioria dos líderes afrikanos, líderes cujas bases ideológicas e culturais não eram afrikanas .Outrossim a não afrocentrização das populações afrikanas, factor que fez com as massas não compreendessem o contexto e não pudessem defender seus líderes quando eram assassinados pelas mãos brancas invisíveis. 
 E dos exógenos podemos citar as influências negativas da guerra fria e as estratégia magistral dos imperialistas “dividi para melhor reinar”.  
.
Nos desafios actuais os afrikanos precisam ganhar o sentimento de pertença cultural com Áfrika em todos os aspectos culturais. 
 Devemos estar disposto a contribuir com  o nosso saber para o desenvolvimento das nossas  comunidade e dos nossos irmãos , como tenho dito “as nossas formações de nada nos servem se não for para contribuir para o desenvolvimento das nossas comunidades".  
.
Precisamos voltar à Áfrika (SANKOFA ✊🏿) 

~Dala Fuxi (25 de Maio de 2020, editado em 2021) 
.
AFROLIVRE - AFRIKANOS DE PENSAMENTO LIVRE

segunda-feira, 24 de maio de 2021

DA ÁFRICA PARA PARAÍBA

Um do Togo. Outro do Benim . Juntos, eles formam o Dois Africanos , dupla composta por Big e Izy, que desde 2012 brindam o público com músicas de um estilo batizado por eles de World Afro Pop (ou, afro pop mundial, em tradução livre ao português

Embora sejam filhos de África, o Dois Africanos encontra fluência nas águas salgadas e quentes do lado de cá do Atlântico. É que se não fosse a cidade de João Pessoa, na Paraíba, a dupla não existiria. – Alt Niss: cria da periferia, artista lançada pela produtora dos Racionais pede cachê justo
Em conversa com o Hypeness , Izy e Big explicam qual o peso de João Pessoa no nascimento do trabalho autoral dos dois. “João Pessoa, antes de tudo, traz um sentimento de casa. É onde tudo começou, onde nosso primeiro público está. Onde, às vezes, acreditaram na gente mais do que nós mesmos. Então, João Pessoa é meio que a base do Dois Africanos “. 

Dois Africanos: encontro entre Togo e Benim mediado por João Pessoa

O encantamento de Big com o estado da Paraíba não é diferente de seu parceiro de estrada. Ele explica, também ao Hypeness , que a cidade do Nordeste brasileiro foi “um bom ponto de partida para a dupla. Onde descobrimos os brasileiros, quanto os africanos certos para fazer o sonho acontecer”. – Entrevistão com KL Jay (PARTE UM): ‘Unicamp acertou. Racionais MC’s é um livro que ensina muito ‘

E completa, “um sonho que nasceu na maior inocência e que só cresce graças às mensagens que recebemos dos amigos africanos e joão-pessoenses. Pra mim em particular, João Pessoa é minha cidade natal no Brasil. O movimento negro ainda está crescendo, mas o trabalho de 2012 pra cá, realizado pelos movimentos da cidade, estão dando frutos pouco a pouco “. 
África real
O Dois Africanos nasce com o intuito de jogar por terra os estereótipos racistas que associam o continente africano com imagens de dor, sofrimento e miséria. Por meio da música, tão presente nos 54 países da região berço da humanidade , eles fingem se consolidar como uma espécie de ’embaixadores da música africana no Brasil’.  “Passamos a perceber que o continente era muito desconhecido fora e que devemos fornecer mais informações sobre África” , reflete Big. 

Uma experiência no Brasil de dois homens negros vindos de África é bastante complexa. Primeiro, logo no desembarque no país da América Latina, uma racialização já se apresenta. Mesmo com mais de 54% de sua população com a pele preta, o Brasil se destaca como um dos países mais racistas do mundo. – Joanesburgo: rolê no centro financeiro e cosmopolita da África do Sul pós-apartheid
“Lá [na África], por não convivermos sob uma pressão racial constante, a gente, sem saber, estava passando por um processo de renúncia cultural, social e intelectual. Sabe o famoso ‘só valorizamos o que não temos mais?’ Pois é (risos). Percebemos que aqui do outro lado têm irmãos e irmãs que precisam de nós como pilar. Como raíz “, pontua Big. 

O Brasil vive um momento transformador na relação com o continente africano. Existe um movimento de reapropriação da negritude insuflado pelo acesso de pessoas negras às universidades. Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão conta de que a quantidade de pretos e pretas no ensino superior cresceu 400% . 

Centro fincanciero de Joeanesburgo, na África do Sul

Há outro fator: a imigração. Mesmo que nunca tenha sido um país presente na rota migratória mundial, o Brasil saltou de mil africanos vivendo legalmente no território nacional para 35 mil . A lista é liderada por angolanos – quase 10 mil -, mas conta ainda com senegaleses, nigerianos e congoleses.

“No Brasil, pelo contato com outros povos africanos dos quais éramos um pouco distantes pela língua, como Angola, Guiné Bissau ou Cabo Verde, acabei descobrindo outras partes da cultura africana que eu não conhecia também. Então hoje acredito que enxergo, conheço melhor e valorizo ​​muito mais a África “ , explica Izy.  Nascido no Togo, Izy explica ao Hypeness como lida com a distância e a saudade de casa. E como isso faz o processo de identificação de suas raízes.  “Acredito que o fato de estar longe de casa exacerbou bastante o amor por meu país e pela África. O ato de viajar, nos faz mergulhar em outras culturas e permitir a gente comparada e perceber diferenças. E coisas melhores que tínhamos, passar a valorizá -las mais ou então as coisas que precisamos melhorar, aprendendo dos outros, tanto culturalmente, quanto politicamente ou em qualquer outra área “, pontua. 
PUBLICIDADE

A música que ensina 
O Dois Africanos reflete suas ideias de sociedade na música. O som, além de te botar pra dançar, é uma boa oportunidade para aprender novas línguas. Como letras transitam entre o português, francês, inglês, além de diversos idiomas falados em países como o Mina, do Togo e o Fõ, do Benim .  Apaixonada pelo Brasil, dupla também foi influenciada pelos filhos e ritmos brasileiros. “Antes de tudo, tem o fator língua, né? A sonoridade de uma língua para outra muda. E a música carrega isso”, ele diz. 

Dois Africanos: “Nossas referências musicais já têm bastante influência brasileira”




“Segundo, por estarmos morando aqui há um tempo, nossas referências musicais já têm bastante influência brasileira, e isso naturalmente transparece na nossa musicalidade, além da grande identificação da música tradicional africana que está aqui e com que, naturalmente, dialogamos muito”, complementa Izzy.  Big fala sobre como a música brasileira deu uma pegada, digamos, ainda mais negra no som do Dois Africanos. “A mistura negra brasileira de Togo e Brasil nos levou a dar uma roupagem mais afro aos filhos. Trazer mais elementos afro, identitários nas nossas músicas. Bem como alguns instrumentos típicos afros e nossas línguas maternas”, conclui. 
África e Brasil: fluxos e refluxos 
Por falar nisso, a identidade negra é uma construção constante , sobretudo em uma sociedade que insiste em nossos corpos de negros alvos do preconceito que torna o racismo um dos principais entraves ao desenvolvimento e bem-estar social. 



Grande, que além de músico é historiador, diz que “queria saber sobre a vida dos escravizados no Brasil”.  Ele confidencia que se identificou como negro por aqui, “mas não por boas vias”. ” Sempre seguido por várias seguranças em compras, recebendo perguntas racistas e comentários preconceituosos sobre a África. Me senti mais africano aqui do que em casa” .
Estava indo para o Canadá quando fui avisado que eu tinha sido selecionado para uma bolsa de estudos no Brasil. E como historiador, queria muito saber sobre a vida dos escravizados no Brasil. Apesar do povo Agudá (escravizados no Brasil que voltaram depois da abolição e que vivem atualmente entre Benin e Togo). Eu queria saber como era a inserção dos negros na sociedade brasileira, e a vivência de um povo miscigenado como o Brasil. Me identifiquei negro here, mas não por boas vias. Sempre seguido por várias seguranças em compras, recebendo perguntas racistas e comentários preconceituosos sobre a África. Me senti mais africano aqui do que em casa.

Grande revelação que não tinha planos de se mudar para estas terras. “Antes de entrar no programa de intercâmbio, em 2011, nunca tinha pensado em vir para o Brasil”. 


Foi uma oportunidade que apareceu quase do nada. E que deu certo. Agora ao mesmo tempo, vejo muito como algo de destino mesmo. Porque ao olhar para trás, vejo muitos detalhes que me ligavam ao Brasil desde pequeno. Por ter nascido num ambiente onde o povo é majoritariamente negro, acho que sempre tinha me visto como apenas um ser humano, e nunca como ‘negro’ ou como ‘africano’. Claro que sempre teve minha identidade Togolesa / Africana e minhas raízes, mas é algo bem diferente de você ser enxergado primeiro como ‘negro’ ou ‘africano’ e às vezes como uma exceção em alguns lugares. Mas o fato de agora estar num lugar onde na sociedade existe esse fator de identificação pela raça muito forte e questões como o racismo, que aqui não é uma realidade distante como no Togo, fez com que eu perceba melhor algumas coisas e mergulhe melhor na minha história e da minha cultura, e pesquise coisas com as quais antes eu não me envolvia tanto. Isto tudo adicionado à missão que o Dois Africanos nasceu para iniciante, formou e fortaleceu muito minha identidade como pessoa negra.

O Dois Africanos lançamentos de seu primeiro disco, ‘Primeiro Passo’, em 2014. O álbum tem 14 faixas falando sobre a integração entre a África e o mundo e a mistura presente na cultura afro-brasileira. Entre os destaques estão como faixas ‘Eu Sou de Lá’ e ‘Primeiro Passo’.  Em 2015, uma dupla ficou conhecida no território nacional ao participar do reality ‘Superstar’, aplicar pela Globo. Em 2016, lançamento do EP ‘Djawá, palavra de origem Fõ e que é um convite à alegria. Depois de emplacar a música ‘Yiri Yiri Boum’ na trilha da novela ‘A Dona do Pedaço’, o Dois Africanos está agora em estúdio trabalhando no novo disco, que deve chegar às lojas no segundo semestre de 2021. 


Fotos: foto 1: Divulgação / Felipe Romão / foto 2: Getty Images / foto 4: Divulgação / Felipe Romão

africaCulturadiversidademúsicaracismo

GUERREIRAS CAÇADORAS


  Às guerreiras caçadoras Bambaras do povo Dogon do Mali.
  Expõe a força universal dás mulheres, só na concepção cristã, principalmente na religião católica, que a mulher é um ser inferior.
  Isso foi um caso pensado de dominação.
  A qual gerou várias consequências, na qual a mulher ficou em segundo plano na sociedade Ocidental e com o avanço do cristianismo na África.
  Se tornou uma prática comum em vários lugares e povos, principalmente com a barganha de suas próprias filhas por parte de seus próprios pais, em muitas sociedades.
  Isso aqui no Brasil, até a década de 70, era comum acontecer, principalmente no interior.
  Aja vista que há relatos dessa época, no nordeste do país, que muitos pais vendiam ou davam suas filhas para os caminhoneiros nas beiras dás estradas.
  É um marco vergonhoso na história do Brasil, eu sei que muitos não gostam de tratarem desse assunto, porque é uma prática comum do brasileiro, não encarar de frente, seus próprios pesadelos.
  Proporcionados por uma sociedade racista, escravagista, homofóbica, intolerante religiosa.
  0nde ascensão social, está em primeiro lugar, mesmo que você tenha que ir contra seus princípios familiares, éticos, religiosos etc.

  Essa é uma herança do cristianismo, onde Deus só está com você, só se você obter êxito na vida, seja de que forma for, más você têm que obter riqueza.
  Eu conheço tantas pessoas sem nada monetariamente, más de uma riqueza interior e espiritual, que nem mesmo a pessoa mais rica do mundo possuí.
  Para finalizar, vou falar do candomblé, pois sou brasileiro, mesmo que eu cultue o Vodoun africano, mesmo assim não posso falar, pois estou no Brasil, nasci no Brasil e brasileiro sou eu.
  O candomblé segue a mesma cartilha do cristianismo, onde você vale quanto pesa.
  O Deus barbudo cristão, e às Divindades do candomblé, só estão com você, se você vencer socialmente, ou seja, atingir um cargo de destaque na sociedade.
  Más se você for um simples gari, marceneiro, pescador, camelô etc.
  Deus barbudo cristão, ou as Divindades do candomblé atual, não estão com você.
  Realidade nua e crua do cotidiano brasileiro.

  É por isso que a maioria elegeu esse presidente.

  Dèfôdji Anízio Alifoe Tá Nyanu
  " O Pragmático "
  Djootigui Brasil
  Gounnon

CONHECIMENTO SOBRE ESTÁTUAS DE VODOUNS



 1- Quem pode esculpir uma estátua de Vodoun ?

 Nem todo escultor pode esculpir estátuas de Vodoun.  
O escultor de estátuas de Vodoun deve ser iniciado nas Divindades do Panteão Mami Wata e Zogbe Vodoun.  
Ele deve ser capaz de se comunicar com os deuses.  
E ele deve conhecer a regra dos Vodouns e respeitá-los.
 Do contrário, os espíritos podem se recusar a entrar na estátua.

 2- Qual madeira pode ser usada para esculpir uma estátua de Vodoun ?

 Existem madeiras diferentes para cada Vodoun.  Temos Zogbeti (madeira de zogbe), Tômeti (madeira que fica dentro de um rio), Tôtoti (madeira de ribeirinha), Avemeti (madeira de floresta) e existem diferentes espécies de madeira.
 Um mesma madeira não pode ser usada para Mami Sika e Togbe Adela, por exemplo.

 
# Hunkpamɛ Ayǐtéhɔ̌nnu Kamit
# Não existe religião sem cultura e filosofia
🇧🇷🇧🇯🇹🇬🇲🇱🇳🇬🇬🇭🇨🇮
✊🏿🤝🏿💪🏿✊🏿🤝🏿💪🏿

CABAÇA



Mulheres em festa ritualística tocando cabaças,
 
A cabaça é considerada na África yourubá como o primeiro instrumento enviado do céu à terra, pelo espírito sagrado de Oduduá.
Brota das terras, trazendo formas femininas e a abundância.
Usada nas mais variadas culturas desde os tempos mais remotos, como utensílio doméstico, instrumento musical ou ritualístico.
No meu processo como musicista e artesã, o encontro com a cabaça se deu através do xequerê, um instrumento que eu nunca escolhi tocar, mas que tive que tocar durante a minha gravidez, para seguir com o grupo de maracatu, do qual fazia parte.
Os xequerês ou agbés são instrumentos originários da África e são feitos de "cabaça bailarina", como são bem conhecidas aqui no Brasil a cabaça com pescoço. Aqui chegaram
e foram incorporadas nos afoxés da Bahia e de Pernambuco. E recentemente foram incorporadas à bateria das nações de maracatu.
As formas voluptuosas das cabaças abrem nossa imaginação e a partir de seu lindo corpo podem ser criados milhares de instrumentos...
Quem bem soube aproveitar da versatilidade acústica da cabaça foi o músico e cientista Walter Smetak (músico suíço que viveu por muitos anos em Salvador da Bahia) e criou em seu lendário laboratório muitos instrumentos a partir da cabaça.


um dos instrumentos musicais criados por Walter Smetak, a partir da cabaça

Seu nome científico é Lagenaria siceraria, também conhecida como porongo, é uma planta trepadeira da família das abóboras. 
Ela é cultivada por seu fruto, que, enquanto verde é usado como um vegetal, e se colhido maduro e seco, pode ter infinitas utilidades, pois fica com uma casca muito dura e pode ser usado como uma garrafa, utensílio ou vaso.
 

indígena tupi, carregando sua moringa de cabaça

O fruto da cabaça é colhido mais cedo ou mais tarde segundo o uso que se lhe queira dar..
Depois de retirado o miolo, lava bem e deixa secar. 
Vasilhas assim eram usadas pelos indígenas para as mais variadas finalidades estando muito presentes na sua vida cotidiana. Assim, seu uso foi assimilado pelos colonizadores portugueses e espanhóis. Eram usadas como recipientes para água e alimentos, como vasos e, entre outros usos, também para fazer instrumentos musicais como o xequerê, djembê e o berimbau, por exemplo.

FONTE: 
http://terreirodegriots.blogspot.com/2014/10/cabaca.html?m=1

Conheça famílias que vivem em antigas senzalas para preservar raízes em Quissamã, no RJQuilombo Machadinha tem 80 famílias de descendentes de escravos


Famílias ainda vivem dentro de antigas senzalas para preservar raízes em Quissamã, no RJ

Quilombolas da fazenda Machadinha, em Quissamã, no Norte Fluminense, vivem até hoje dentro de antigas senzalas. São 80 famílias descendentes de escravos que fazem questão de preservar o estilo de vida dos negros escravizados que viveram na localidade. Muitas dessas famílias já estão na oitava geração.

Ao todo, são 300 famílias que vivem no chamado Complexo da Machadinha. São 983 quilombolas. Todos carregam no sangue os tempos de escravidão. A estrutura que existe no local foi erguida com mãos negras.

"Sou tataraneto de escravos. A mãe da minha bisavó foi ama de leite da família que vivia na casa grande. Meus tios eram escravos e viviam aqui", contou Dalma dos Santos.

A casa grande, hoje em ruína, foi erguida entre 1853 e 1867. Em volta dela existem senzalas e armazéns. A capela Nossa Senhora do Patrocínio tem data de 1833. O espaço está bastante conservado, com piso original. O altar é o mesmo há décadas e tem detalhes de folhas de ouro. A riqueza histórica fez com que a fazenda Machadinha fosse tombada como patrimônio histórico em 1979, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

Já as senzalas passaram por reformas. O piso, por exemplo, antes de chão batido, agora possui cerâmica na cor vermelha. As janelas, portas e vigas continuam de madeira. O telhado de barro é o mesmo feito pelas escravas da época

O piso, antes de chão batido, agora possui cerâmica na cor vermelha — Foto: Renan Gouvêa/Inter TV

Na senzala de número sete, vive a família do Gilson Inácio da Silva, de 77 anos. Questionado se deseja sair do local, o quilombola responde que não.

"Daqui só saio para o cemitério. Aqui está o meu passado e não vou sair. Não posso abandonar nada daqui", disse.

Os quilombolas também uniram forças para resgatar e preservar os pratos típicos. O antigo barracão da casa grande foi transformado em um restaurante. Mesas e cadeiras de madeira, os lustres artesanais de bambu e o fogão a lenha são convites aos turistas.

Todo domingo tem música ao vivo para atrair os visitantes para o almoço na localidade. A comida é de responsabilidade das primas Maria José de Azevedo. As duas têm o mesmo nome e sobrenome.

Ambas são quilombolas e fazem questão de preparar os pratos típicos. "Temos o bolinho 'Capitão de Feijão', a 'Sopa de Leite' e o 'Falso Bolo'. São alguns dos sabores da nossa gente", disse uma das Marias.

"Também servimos pratos mais tradicionais como a feijoada e escondidinho", completou a outra Maria.

Logo na entrada da antiga fazenda Machadinha é possível avistar a ala "A" das senzalas. Bem em frente das moradias existem duas árvores enormes que oferecem sombra. Um convite para dançar o jongo, de origem africana.

É no chão de terra batida que o círculo é formado. Os passos ganham ritmo com tambores e cantoria. As roupas são leves e de cor branca. Todos preferem ficar descalços. As frases da música são um resgate das lutas dos escravos.

Desde pequenos as crianças são ensinadas a dançar. Os mais velhos são responsáveis em puxar as letras.

"Na minha época era só um homem ou uma mulher que dançava no meio da roda.

FLUXO DE LAVA DO VULCÃO NYIRAGONGO NO CONGO, QUAL PODE SER O SIMBOLISMO ?


 A terra que se transmuta em fogo e se move como a água.
 O despertar de um vulcão pode ser comparado ao despertar de poderosas consciências espirituais do elemento fogo.
 Isto provoca, de facto, modificações importantes na rede energética do espaço em questão.

 As crianças que nascerão no Congo durante este ano terão um impulso que lhes permitirá agir com coragem e grande eficiência.

 Após o despertar do vulcão na Martinica, é a vez do Congo hoje.
 Uma longa rede de forças adormecida está se posicionando para ajudar e fazer a diferença.

 Podemos fazer uma conexão com os poderes da esfera de HERU.

 Pode ser que alguns Kamites recebam a visita desses seres espirituais.

 É tudo uma questão de práticas.

 Vejo você em breve

 Thoth Costa do Marfim


#Hunkpamɛ Ayǐtéhɔ̌nnu Kamit
#Djootigui Brasil
#Gounnon
#Thoth Costa do Marfim
#kamites dês Îles
🇧🇷🇧🇯🇹🇬🇲🇱🇨🇮🇭🇹🇦🇴🇸🇳🇳🇬
✊🏿🤝🏿💪🏿✊🏿🤝🏿💪🏿

1937 Retrato das últimas sobreviventes das Amazonas de Abomey, reino do atual Daomé Benin. Eles lutaram contra a penetração francesa em 1895. Crédito: Eva L. R. Meyerowitz.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

AS 12 RELIGIÕES AFROS QUE SE ESPALHARAM PELA AMÉRICA


O tráfico escravo exportou as religiões afro para todos os cantos das Américas e Caribe, do Brasil aos EUA
Por Tiago Cordeiro
19 mar 2018, 12h19
   
1. Santeria
Cuba


– Jorge Royan/Creative Commons
As canções são entoadas em lucumí, uma variação do iorubá falado onde hoje fica a Nigéria. Os rituais são muito parecidos com os do candomblé brasileiro. Acontecem em ilês, ou “casas dos santos”, onde geralmente os sacerdotes vivem. Os orixás também lembram os do candomblé, ainda que alguns, como Ossain (a divindade que vive nas matas e controla as folhas), sejam mais importantes em Cuba do que no Brasil.


2. Palo Monte
Cuba

Os bantus, vindos da região onde fica o Congo, mantinham práticas de culto aos egunguns, nome dado aos espíritos dos ancestrais da comunidade. Esse costume foi preservado entre os cubanos, que organizaram um culto cheio de diferentes métodos de adivinhação – o mais comum usa cascas de coco. O nganga, um caldeirão cheio de galhos de madeira, abriga um egungun específico, com o qual é possível fazer contato.


3. Vodu
Haiti e Nova Orleans (EUA)


– Calvin Hennick, for WBUR Boston/Creative Commons
Acredita num deus supremo chamado Bondye, nome inspirado na expressão em francês para “bom Deus”. Assim como todas as outras crenças listadas aqui, pratica o sacrifício de animais em situações específicas. Surgido na parte da África onde hoje ficam Gana, Togo e Benin, o vodu é comandado por mulheres, que lideram rituais em que médiuns incorporam as entidades e prestam orientações aos visitantes do templo.


4. Obeah
Trinidad e Tobago

Iniciada na Jamaica e disseminada por todo o Caribe, em especial Trinidad e Tobago, onde ganhou características próprias, como o culto a Moko, um deus surgido no Congo. Todos os anos, os moradores do país usam, no Carnaval, máscaras em sua homenagem. A religião também diz que existem os douen, fantasmas de crianças que morreram sem ser batizadas e que vagam à noite perseguindo quem sai para a rua sozinho.

5. Kumina
Jamaica

Inspirou um estilo de música e de dança muito popular no país, que lota shows e movimenta grandes gravadoras. Os seguidores da kumina, de fato, dançam e cantam muito durante os rituais. Usam roupas e lenços coloridos – a não ser quando um membro da comunidade morre, e então os fiéis dançam vestindo preto e branco. Essa fé se desenvolveu a partir do século 16, inspirada em crenças de escravos vindos de Angola.

6. Winti
Suriname

Os deuses winti se organizam de acordo com seus territórios (terra, ar, água e fogo) e prestam contas a uma divindade suprema, conhecida como Anana Kedyaman Kedyanpon. Além disso, os ancestrais podem entrar em contato com os chefes das famílias. Esse é o conjunto de crença que dá suporte a essa fé, desenvolvida na
época em que o país, o menor da América Latina, era controlado pelos holandeses.

Continua após a publicidade
7. Quimbois
Martinica

Resultado da adaptação da religião tradicional do Congo, lembra a quimbanda, uma linha da umbanda brasileira. Os praticantes costumam sacrificar animais e colocar as ossadas em encruzilhadas. Durante as festas, os visitantes recebem receitas de banhos de limpeza, de amuletos de proteção e até mesmo de bebidas afrodisíacas. Assim como no vodu, os praticantes fazem bonecos para pregar adereços pedindo emprego, casamento ou saúde.

8. Candomblé
Brasil/Bahia

A religião de origem africana mais popular do Brasil é resultado de uma combinação de influências da Nigéria, de Benin, de Angola e do Congo. Os primeiros terreiros surgiram em Salvador, e adotaram duas dezenas de orixás, a partir das centenas que existem na África. Cada um deles foi relacionado a um santo católico, um costume muito comum em todas as Américas – era uma forma de driblar a perseguição dos senhores de escravos.

9. Xangô
Brasil/Pernambuco


– André Koehne/Creative Commons
Surgiu a partir de 1875, em Recife, quando a escrava Inês Joaquina da Costa plantou uma gameleira (árvore que representa o orixá Iroko) e fundou o Ilê Obá Ogunté, que depois ficaria conhecido como Sítio de Pai Adão, em referência ao pai de santo que popularizou a casa. O xangô é praticado na faixa que vai do Rio Grande do Norte até Sergipe. Assim como no candomblé, os cânticos são entoados em língua africana.

10. Tambor de mina
Brasil/Maranhão

Maranhão e Piauí, mas também Amazonas e Pará, abrigam grandes terreiros dessa religião, que se destaca pelo uso de túnicas e toalhas coloridas e mais parecidas com as dos cultos afro que se desenvolveram no Caribe. Além de orixás, são louvados os caboclos – sinal da forte influência da religiosidade indígena na região. Em geral, o transe é discreto, e parte dos cultos não é aberta ao público. As maiores lideranças são mulheres.

11. Babaçuê
Brasil/ Amazonas

Também conhecida como Batuque de Santa Bárbara, a religião cultua uma entidade chamada Bárbara Suera – de onde veio o nome Babaçuê. As cerimônias acontecem ao som de atabaques invocando a presença de entidades indígenas. Cultua poucos orixás, em especial Iansã e Xangô (e eles conversam com as pessoas, coisa que não fazem no candomblé). Também cultua os vodus, as entidades espirituais do antigo reino de Daomé, na África.

12. Batuque
Brasil/Rio Grande do Sul
Formada pelos escravos que viviam no sul do País, tem influência da Nigéria e é muito praticada também no Uruguai e na Argentina. Os africanos chamavam sua fé de “pará” – o nome batuque era um apelido pejorativo dado pelos brancos. As comidas servidas aos orixás ganham adaptações: Ogum, por exemplo, é agraciado com churrasco, e Oxum ganha polenta. Em geral, o ritual não é diferente do que se pratica no Nordeste.

FONTE [ https://super.abril.com.br/historia/12-religioes-afro-que-se-espalharam-pelas-americas/amp/]

18 EXPRESSÕES RACISTAS QUE VOCÊ USA SEM SABER



Cor de pele”

Aprende-se desde criança que “cor de pele” é aquele lápis meio rosado, meio bege. Mas é evidente que o tom não representa a pele de todas as pessoas, principalmente em um país como o Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, realizada pelo IBGE, 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros.

 

“Doméstica”

Negros eram tratados como animais rebeldes e que precisavam de “corretivos”, para serem “domesticados”.

 

“Estampa étnica”

Estampa parece ser, no mundo da moda, apenas aquela criada pelo olhar eurocêntrico. Quando o desenho vem da África ou de outra parte do mundo considerada “exótica” segundo essa visão, torna-se “étnica”.

 

“A dar com pau”

Expressão originada nos navios negreiros. Muitos dos capturados preferiam morrer a serem escravizados e faziam greve de fome na travessia entre o continente africano e o Brasil. Para obrigá-los a se alimentar, um “pau de comer” foi criado para jogar angu, sopa e outras comidas pela boca.

 

“Meia tigela”

Os negros que trabalhavam à força nas minas de ouro nem sempre conseguiam alcançar suas “metas”. Quando isso acontecia, recebiam como punição apenas metade da tigela de comida e ganhavam o apelido de “meia tigela”, que hoje significa algo sem valor e medíocre.

 

“Mulata”

Na língua espanhola, referia-se ao filhote macho do cruzamento de cavalo com jumenta ou de jumento com égua. A enorme carga pejorativa é ainda maior quando se diz “mulata tipo exportação”, reiterando a visão do corpo da mulher negra como mercadoria. A palavra remete à ideia de sedução, sensualidade.

 

“Cor do pecado”

Utilizada como elogio, se associa ao imaginário da mulher negra sensualizada. A ideia de pecado também é ainda mais negativa em uma sociedade pautada na religião, como a brasileira.

 

“Samba do crioulo doido”

Título do samba que satirizava o ensino de História do Brasil nas escolas do país nos tempos da ditadura, composto por Sérgio Porto (ele assinava com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta). No entanto, a expressão debochada, que significa confusão ou trapalhada, reafirma um estereótipo e a discriminação aos negros.

 

“Ter um pé na cozinha”

Forma racista de falar de uma pessoa com origem negra. Infeliz recordação do período da escravidão em que o único lugar permitido às mulheres negras era a cozinha da casa grande. Uma realidade ainda longe de mudar no Brasil.

 

“Moreno(a)”

Racistas acreditam que chamar alguém de negro é ofensivo. Falar de outra forma, como “morena” ou “mulata”, embranquecendo a pessoa, “amenizaria” o “incômodo”.

 

“Negro(a) de traços finos”

A mesma lógica do clareamento se aplica à “beleza exótica”, tratando o que está fora da estética branca e europeia como incomum.

 

“Cabelo ruim”

Fios “rebeldes”, “cabelo duro”, “carapinha”, “mafuá”, “piaçava” e outros tantos derivados depreciam o cabelo afro. Por vários séculos, causaram a negação do próprio corpo e a baixa autoestima entre as mulheres negras sem o “desejado” cabelo liso. Nem é preciso dizer o quanto as indústrias de cosméticos, muitas originárias de países europeus, se beneficiaram do padrão de beleza que excluía os negros.

 

“Não sou tuas negas”

A mulher negra como “qualquer uma” ou “de todo mundo” indica a forma como a sociedade a percebe: alguém com quem se pode fazer tudo. Escravas negras eram literalmente propriedade dos homens brancos e utilizadas para satisfazer desejos sexuais, em um tempo no qual assédios e estupros eram ainda mais recorrentes. Portanto, além de profundamente racista, o termo é carregado de machismo.

 

“Denegrir”

Sinônimo de difamar, possui na raiz o significado de “tornar negro”, como algo maldoso e ofensivo, “manchando” uma reputação antes “limpa”.

 

“A coisa tá preta”

A fala racista se reflete na associação entre “preto” e uma situação desconfortável, desagradável, difícil, perigosa.

 

“Serviço de preto”

Mais uma vez a palavra preto aparece como algo ruim. Desta vez, representa uma tarefa malfeita, realizada de forma errada, em uma associação racista ao trabalho que seria realizado pelo negro.

Existem ainda aquelas expressões que são utilizadas com tanta naturalidade que muita gente sequer percebe a conotação negativa que tem para o negro. Por exemplo:

“Mercado negro”, “magia negra”, “lista negra” e “ovelha negra”

Entre outras inúmeras expressões em que a palavra ‘negro’ representa algo pejorativo, prejudicial, ilegal.

 

“Inveja branca”

A ideia do branco como algo positivo é impregnada na expressão que reforça, ao mesmo tempo, a associação entre preto e comportamentos negativos.

BENIN CITY PHOTOGRAFER

Officialpage@edos_artistry

* A SEMENTE DO MUNDO *

     * A história da criação do povo Dogon das falésias de Bandiagara no sul do Mali e das planícies do norte de Burkina Faso na região da curva do Níger na África Ocidental é uma das explicações tradicionais mais elaboradas e fascinantes desde as origens do mundo e do homem.  cultura.  Ao contrário das histórias de criação bíblicas e semelhantes em outras tradições orais africanas, na história da criação Dogon, a ideia de um criador divino onipotente e onisciente está subordinada a um processo evolutivo no qual Deus (Amma) surge como um ancestral sobrenatural, mas imperfeito.
       * Em vez da ideia tradicional da criação a partir do nada, a história da criação Dogon oferece, por meio da magia do logos divino, uma explicação mais científica que antecipa a moderna teoria do big bang.  Na história da criação Dogon, podemos ver uma projeção no cosmos de ideias que pertencem essencialmente à biologia reprodutiva.  Por trás dessas ideias está o que parece ser algum conhecimento do papel dos cromossomos e do DNA na formação de cada nova vida, conforme formulado na genética moderna. *
        * A história começa com a ideia da semente do mundo.  Descrita pelos Dogon como kize uze (a menor das coisas), essa minúscula semente flutuava silenciosamente no escuro vazio do espaço antes do nascimento de nossa galáxia, a Via Láctea.  Embora seja tão pequeno quanto a menor semente cultivada na cultura Dogon, a saber, fonio ou digiteria exelis, contém o potencial para a existência de toda a realidade.  Durante sua flutuação, ele repentinamente começa a se expandir sob a pressão de vibrações internas. *
         * Isso ocorre no ponto no espaço onde a estrela do cachorro, Sirius A (Digiteria), e seu companheiro anão, Sirius B. Hoje, essas estrelas gêmeas ocupam um lugar importante no calendário ritual dogon.  O importantíssimo ritual de renovação Dogon, Sigui, que ocorre a cada 60 anos, rastreia o tempo que leva para Sirius B completar uma órbita em torno de Sirius A, um fato que já foi confirmado, com apenas algumas pequenas diferenças., Por Ciência moderna. *
        * Com a intensificação das vibrações internas dentro dela, a semente do mundo se expande e se expande até atingir os limites extremos do universo, formando uma massa oval que os Dogon descrevem como o ovo do mundo (aduno tal) ou útero de o mundo, usando o termo eu (que pode ser retirado como placenta ou âmnio) para descrever seu conteúdo.  A transformação da semente do mundo no ovo ou útero do mundo ocorre em sete estágios.  Desenrolando-se como uma espiral de seu ponto de origem, cada um dos sete estágios de sua expansão é mais longo que o anterior. *
         * Na iconografia Dogon, esse processo de desdobramento é representado por uma linha em zigue-zague chamada ozu tonolo.  Outros desenhos rituais descrevem o processo de desdobramento em sete estágios, culminando no prenúncio da forma humana.  Podemos ver nestes desenhos que a primeira e a sexta vibrações representam as pernas humanas, a segunda e a quinta as mãos, a terceira e a quarta a cabeça, enquanto a sétima representa os órgãos genitais (o pênis masculino ou o clitóris feminino).: *
        * "Na sétima vibração, o invólucro se quebra, liberando toda a criação no espaço, assim como vidas jovens são liberadas no mundo a partir de um ovo." *

      * Um aspecto interessante e significativo (do ponto de vista da ciência moderna) da visão dogon dos processos no ovo do mundo antes da criação é a noção de que o ovo do mundo continha um projeto para a criação.  Este plano mestre é composto por imagens ou sinais chamados yaJa.  Cada YaJa contém um modelo ou código de todas as instruções necessárias para criar tudo o que agora se sabe que existe no universo, e todos eles, de acordo com o Dogon, são agrupados em 22 categorias básicas. *

 Chukwumu Ozuonye

 Hotep !


#Hunkpamɛ Ayǐtéhɔ̌nnu Kamit
#Djootigui Brasil
#Gounnon
#Renaissance Kamite
🇧🇷🇧🇯🇹🇬🇲🇱🇨🇮🇭🇹🇦🇴🇸🇳🇳🇬
✊🏿🤝🏿💪🏿✊🏿🤝🏿💪🏿

quarta-feira, 19 de maio de 2021

O SAMURAI AFRICANO

No século 16, escravo moçambicano se tornou o 1° samurai negro do Japão.

Redação Hypeness - 14/05/2018 

https://www.hypeness.com.br/2018/05/no-seculo-16-escravo-mocambicano-se-tornou-o-1-samurai-negro-do-japao/

Como viveu no século 16, há poucos registros oficiais sobre sua trajetória, mas acredita-se que ele era um escravo nascido em Moçambique que chegou ao Japão acompanhando Alessandro Valignano, um jesuíta italiano, pioneiro na introdução do catolicismo no oriente.

Foram as cartas trocadas entre Valignano e outro jesuíta, português Luis Frois, que garantiram que ao menos uma parte da história de Yasuke sobrevivesse à passagem do tempo.

Ilustração mostra Yasuke, ao centro, ao lado do Daimiô

De acordo com as comunicações entre os dois missionários, Yasuke servia os jesuítas no templo onde eles viviam, mas sua aparência e tamanho incomuns chamaram tanto a atenção da população de Kyoto que multidões se aglomeravam em frente à moradia para tentar vê-lo.

De acordo com as comunicações entre os missionários, Yasuke media cerca de 1,88m, uma altura que até hoje seria incomum no Japão, e com certeza lhe garantia muito destaque por volta de 1580, quando a missão de Valignano aconteceu.

A história do jovem negro, na época com cerca de 24 anos, chamou a atenção também de Oda Nobunaga, um Daimiôpoderoso, que governava boa parte do país e acreditava na importância de unificar as dezenas de províncias japonesas.

Nobunaga fez questão de conhecer o visitante exótico, ficando também impressionado com sua altura e com a cor de sua pele – de acordo com as correspondências guardadas por Luis Frois, o Daimiô chegou a ordenar que Yasuke tirasse as roupas e se lavasse, imaginando que ele estava pintado.

A força de Yasuke – cujo nome original ou o nome cristão não são conhecidos – fez com que Nobunaga afirmasse que ele tinha a força de dez guerreiros comuns, e diz-se que foi ele quem “rebatizou” o africano. Há quem suspeite que Yasuke seja uma adaptação do nome com o qual ele se apresentava anteriormente.

Escultura do artista Nicolas Roos em homenagem a Yasuke

Não se sabe exatamente como, mas a simpatia de Yasuke fez com que Nobunaga o transformasse em escudeiro, e posteriormente lhe concedesse a honra de ser um guerreiro samurai. Sua lealdade garantiu que Nobunaga o considerasse um de seus braços-direitos, providenciando uma moradia individual e até o privilégio de jantar com o Daimiô.

Em 1582, não muito tempo depois de Yasuke atingir o status de samurai, o general Akechi Mitsuhide traiu Oda Nobunaga e atacou seu castelo. Após se ver cercado e sem chances de vitória, Nobunaga cometeu o haraquiri, e seu filho, Oda Nobutada, assumiu a responsabilidade de tentar defender o território.

Yasuke se manteve leal à família, mas sem sucesso. Depois de acabarem com todos os focos de resistência, as tropas de Mitsuhide tomaram conta do castelo. Yasuke se rendeu e ofereceu lealdade ao novo Daimiô, mas Mitsuhide não se empolgou com a ideia.

Assim, o samurai Yasuke foi enviado de volta a Kyoto para viver junto dos missionários jesuítas, onde passou o resto de seus dias. Um filme sobre a trajetória de Yasuke, chamado The Black Samurai, foi anunciado em 2017, mas ainda não há previsão de lançamento.

Ilustração antiga mostra um negro e um japonês lutando sumô. Acredita-se que sejam Yasuke e Nobunaga.


LISTA DOS REIS DE KETOU

Cinquenta governantes conseguiram à frente de Kétou desde o estabelecimento em ARO. O 51º, apresentado à população no domingo, 25 de març...